segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Volta

Chegando ao aeroporto, a guia vendo meu sofrimento com as minhas pernas, que nessa altura estavam bem inchadas e vermelhas e com minha dificuldade para andar, me colocou numa cadeira de rodas e lá fui eu sendo empurrada por um funcionário do aeroporto, e passamos pela alfândega tranquilamente e fui levada diretamente ao local do embarque e lá, fiquei esperando o Ju que fazia compras, inclusive para mim: perfumes, chocolates e outras coisinhas de presente.

O Sil tinha trocado nossas passagens para conseguirmos adiantar a volta e comprou os assentos mais espaçosos, tipo primeira fileira ou saída de emergência, mas não sei o que ele aprontou que só um assento era mais espaçoso, por isso o Ju reclamou com a aeromoça que arrumou outro lugar, achando que ninguém ficaria do meu lado e assim eu viajaria mais confortável ele trocou de lugar, mas foi ilusão pq tive companhia.

Foi uma viagem de 12 horas dormindo, ptt fiquei quase todo o tempo sentada, e pela manhã minhas cicatrizes nas pernas estavam inflamadas e com bolhas enormes, fiquei super preocupada, o Ju pediu uma cadeira de rodas, mas teríamos que ter pedido no embarque, tive que andar até o balcão da Air France, onde foi solicitada a cadeira e lá fui eu empurrada novamente até o local do embarque onde esperamos umas 3 horas. Eu estava parecendo uma mendiga, minhas bolhas estouraram e molharam toda minha calça, parecia que tinha feito xixi, tentamos comprar um moleton , mas o mais barato custava 160 euros, por esse preço continuei parecendo uma mendiga.

Esse vôo foi mais calmo, assisti Julie & Julia, dormi um pouco e 12 h depois, finalmente chegamos à São Paulo. Durante o vôo, a Marta tentava marcar uma consulta com meu cirurgião, mas só conseguiu na terça, porém assim que cheguei liguei e conversei com ele, que me tranqüilizou e disse que podia esperar até o dia seguinte. O Ju veio até em casa comigo e o Sil veio buscá-lo depois.

No dia seguinte e Marta veio me buscar para irmos ao médico que assim que me viu me mandou direto para o hospital, como ele não é do meu convênio tive que passar pelo pronto socorro e só fui internada, na UTI, às 2h da manhã e a Marta esperou até as 4h, só deram noticias após os procedimentos necessários. Fiquei na UTI, pois não tinha quarto e meu cirurgião achou melhor assim , para não me enviarem para outro hospital, na quinta-feira fui para o quarto e fiquei 10 dias por lá tomando antibiótico intra venoso, por causa de uma tal Erisipela, uma doença que surge a partir de uma bactéria que se instala em áreas de má circulação. Fiquei sozinha, pois estava bem e não quis atrapalhar ninguém, a Marta só não ficou pq ela estava com problemas de saúde também.

Resumindo fiquei tomando antibiótico por mais um mês e ia ao médico praticamente 2 vezes por semana, cheguei em Sampa em 29.03 e só tive alta por volta da segunda semana de Maio, com isso meu contrato de trabalho foi cancelado e fiquei sem receber nadinha de dindim.

E assim foi minha saga pós-viagem.

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