terça-feira, 28 de julho de 2015

Jardim Secreto I


Fim de semana

E o fim de semana passou e eu fiquei dentro da minha casa sem vontade de sair, mas sem stress, eu queria ficar em casa. Tinha pensado em fazer algumas coisas, mas no final comecei a pintar no sábado e não parei de colorir meu Jardim Secreto. Entre uma cor e outra, cozinhei, lavei roupa, arrumei as bagunças e levei o maior tombo, isso mesmo me estatelei no chão e junto comigo foram o prato de comida e a bebida que me serviriam de almoço no domingo. Foi um tombo e tanto e claro que o joelho afetado na queda foi o da perna coma prótese, morri de medo de ter acontecido algo, mas até o momento nenhuma dor que indicasse algum problema. Agora o coitado do meu joelho sofreu pois a dor que senti foi gigante e o pior que ainda tive que limpar o chão todo. Mas foi um bom domingo.

Ah, mas teve a sexta, que o Marcos esteve em casa e nós brigamos, ele voltou a namorar e vai casar e ainda teve a coragem de dizer que está indo dormir em casa mas ela não sabe, senão termina o namoro. Fiquei puta comigo, é lógico, de acreditar em toda conversa dele de que sempre vai cuidar de mim e que me ama e etc.. mas na primeira necessidade que tive durante a recuperação ele não pode e agora vai cuidar como, se nem pode dizer que vai na minha casa. Não existe mais nada entre nós além da amizade e nada mais normal ele casar e constituir uma família, isso era esperado, o que me deixa triste e essa mania de falar da boca pra fora e tomar outra atitude depois, não sou perfeita, mas não prometo nada que não possa cumprir, odeio isso. E o pior de tudo é que ele foi embora sem saber a causa da minha tristeza, por que claro que após ter dado meu chilique não conversamos mais sobre o assunto, assim ele pensa uma coisa e a realidade é bem diferente. Qualquer dia acerto isso.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Estou muito entediada com as minhas atividades no trabalho, estou somente ajudando um funcionário no seu primeiro UAT, como estamos no início não tem muito o que fazer e o tempo não passa. 

Estou até postando por aqui....

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Só para constar.


Estou me saindo muito bem no meu retorno à vida, ainda meio perdida, mas cumprindo as decisões dessa semana, casa arrumada, dormindo cedo, preparando a manhã seguinte, tomando café da manhã, não fumando no horário comercial e marmita 3 dias na semana, só falta começar os exercícios.

Mas, sempre tem um mas, estou preocupada com minha recuperação, com um medo danado de ferrar com a perna boa, enquanto não conseguir andar direito. 

E por hoje é isso.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

E a vida continua.

E hoje terceiro dia no trabalho, até que estou aguentando bem apesar de chegar a casa bem cansada, não pelo trabalho em si, mas pela energia que necessito para sair de casa para o mundo, rsrsrs.

Hoje foi meu último dia de fisioterapia, gostei muito das fisioterapeutas da clinica que escolhi todas atenciosas e sempre de bom humor, vou sentir saudades, é isso mesmo sou boba assim. Levei um presentinho para todos, um especial para a Samia, minha fisioterapeuta fixa e uma lembrança para a Dani, a Alessandra e o Carlos.

Amigos

Queria ter o dom das letras para expressar melhor tudo que sinto pelos meus amigos, alguns são como irmãos, outros tantos são tão queridos, tem os amigos da família, amigos novos, amigos antigos, tem ainda aqueles que não vejo há muito, mas continuam no meu coração, independente deles saberem, tem os virtuais, tem os íntimos e os não íntimos, mas nem por isso menos amigos, enfim são muitos e tão diferentes, mas todos tem um pedacinho no meu coração. Dos que não vejo há muito, sinto saudades de tempos em tempos então porque não procurá-los, não sei dizer, acho que a minha timidez ou a minha preguiça ou a minha falta de memória das histórias que vivemos juntos, assim considero melhor tê-los no meu coração. Dos que estão perto procuro estar sempre presente, mas não é fácil com essa vida corrida e minha moleza, mas acredito que estou conseguindo participar um tantinho na vida de cada um deles e eles na minha, afinal amizade é troca, certo?

E como diria Vinicius de Morais - " E eu poderia suportar,embora não sem dor,que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos "

Feliz dia dos Amigos!!!

domingo, 19 de julho de 2015

Não fui eu que escrevi

Para quando eu me for

Morrer é uma surpresa. Sempre. Nunca se espera. Nem mesmo o paciente terminal acha que vai morrer hoje ou amanhã. Na semana que vem talvez, mas apenas se a semana que vem continuar sendo na semana que vem.
Nunca se está pronto. Nunca é a hora. Nunca vamos ter feito tudo o que queríamos ter feito. O fim da vida sempre vem de surpresa, fazendo as viúvas chorarem e entediando as crianças que ainda não entendem o que é um velório (Graças a Deus).
Com meu pai não foi diferente. Na verdade, foi mais inesperado. Meu pai se foi com 27 anos, a idade que leva muitos músicos famosos. Jovem. Moço demais. Meu pai não era músico nem famoso, o câncer parece não ter preferência. Ele se foi quando eu ainda era novo, descobri o que era um velório justamente com ele. Eu tinha 8 anos e meio, o suficiente pra sentir saudade pelo resto da vida. Se ele tivesse morrido antes, não haveriam lembranças. Nem dor. Mas também não haveria um pai na minha história. E eu tive um pai.
Tive um pai que era duro e divertido. Que me colocava de castigo com uma piadinha pra não me magoar. Que me dava um beijo na testa antes de dormir. Hábito esse que eu levei para os meus filhos. Que me obrigou a amar o mesmo time que ele e que explicava as coisas de um jeito melhor que a minha mãe. Sabe? Um pai desses que faz falta.
Ele nunca me disse que ia morrer, nem quando já estava deitado cheio de tubos. Meu pai fazia planos para o ano que vem mesmo sabendo que não veria o próximo mês. No ano que vem iríamos pescar, viajar, visitar lugares que nenhum de nós conhecia. O ano que vem seria incrível. Eu vivi esse sonho com ele.
Acho, tenho certeza na verdade, que ele pensava que isso daria sorte. Supersticioso. Pensar no futuro era o jeito dele se manter otimista. O desgraçado me fez rir até o final. Ele sabia. Ele não me contou. Ele não me viu chorar a sua perda.
E de repente o ano que vem acabou antes de começar.
Minha mãe me pegou na escola e fomos ao hospital. O médico deu a notícia com toda a sensibilidade que um médico deixa de ter com os anos. Minha mãe chorou. Ela também tinha um pingo de esperança. Como disse antes, todo mundo tem. Eu senti o golpe. Como assim? Não era só uma doença normal dessas que a gente toma injeção? Pai, como eu te odiei. Você mentiu pra mim. Não fiquei triste, pai, fiquei com raiva. Me senti traído. Gritei de raiva no hospital até perceber que meu pai não estava lá pra me colocar de castigo. Chorei.
Mas aí meu pai foi meu pai de novo. Trazendo uma caixa de sapato debaixo dos braços, uma enfermeira veio me consolar. Dentro, dezenas de envelopes lacrados com frases escritas onde deveriam ficar os nomes dos destinatários. Entre as lágrimas e os soluços não consegui entender direito o que estava acontecendo. E então a mesma enfermeira me entregou uma carta. A única fora da caixa.
“Seu pai me pediu pra entregar essa pessoalmente e te dizer pra abrir. Ele passou a semana inteira escrevendo tudo isso e disse que era pra você. Seja forte.” Disse a enfermeira com um abraço.
PARA QUANDO EU ME FOR dizia o envelope que ela me entregou. Abri.
Filho,
Se você está lendo eu morri. Desculpa, eu sabia.
Não queria te dizer que ia acontecer, não queria te ver chorar. Parece que consegui. Acho que um homem prestes a morrer tem o direito de ser um pouco egoísta.
Bom, como eu ainda tenho muito pra te ensinar, afinal você não sabe de nada (hehe), deixei essas cartas. Você só pode abrir quando o momento certo chegar, o momento que eu escrevi no envelope. Esse é o nosso combinado, ok?
Eu te amo. Cuida da sua mãe, você é o homem da casa agora.
Beijo, pai.
PS: Não deixei cartas para sua mãe, ela já ficou com o carro. :)
E com aqueles garranchos, afinal naquela época não era tão fácil imprimir como é hoje em dia, ele me fez parar de chorar. Aquela letra porca que uma criança de 8 anos mal entendia (eu, no caso) me acalmou. Me arrancou um riso do rosto. Esse era o jeito do meu pai de fazer as coisas. Que nem o castigo com uma piadinha para aliviar.
Aquela caixa se tornou a coisa mais importante do mundo. Proibi minha mãe de abrir, de ler. Mas elas eram minhas, só pra mim. Sabia decorado todos os momentos da vida em que eu poderia abrir uma carta e ler o que meu pai tinha deixado. Só que esses momentos demoraram muito pra chegar. E eu esqueci.
Sete anos e uma mudança depois eu não tinha ideia de onde a caixa tinha ido parar. Eu não lembrava dela. Algo que você não lembra não faz falta. Se você perdeu algo da sua memória, você não perdeu. Simplesmente não existe. Como dinheiro que depois você acha no bolso da bermuda.
E então aconteceu. Uma mistura de adolescência com o novo namorado da minha mãe desencadeou o que meu pai sabia que um dia aconteceria. Minha mãe teve vários namorados, sempre entendi. Ela nunca casou de novo. Não sei ao certo o motivo, mas gosto de acreditar que o amor da vida dela tinha sido meu pai. Mas esse namorado era ridículo. Eu sentia que ela se rebaixava pra ele. Que ele fazia pouco da mulher que ela era. Que uma mulher como ela merecia algo melhor do que um cara que ela tinha conhecido no forró.
Me lembro até hoje do tapa que veio acompanhado da palavra “forró”. Eu mereci, admito. Os anos me mostraram isso. Na hora, enquanto a pele da minha bochecha ardia, lembrei da minha caixa e das minhas cartas. De uma carta em específico que dizia PARA QUANDO VOCÊ TIVER A PIOR BRIGA DO MUNDO COM A SUA MÃE.
Corri para o quarto e revirei minhas coisas o suficiente para levar outro tapa na cara da minha mãe. Encontrei a caixa dentro de uma mala de viagem na parte de cima do armário. O limbo. Procurei entre os envelopes. Passei por PARA QUANDO VOCÊ DER O PRIMEIRO BEIJO e percebi que havia pulado essa, me odiei um pouco e decidi que a leria logo depois, e por PARA QUANDO VOCÊ PERDER A VIRGINDADE, uma que eu esperava abrir logo, logo. Achei o que procurava e abri.
Pede desculpa.
Eu não sei o motivo da briga e nem quem tem razão. Mas eu conheço a sua mãe. Então a melhor maneira de resolver isso é com um humilde pedido de desculpas. Do tipo rabinho entre as pernas.
Ela é sua mãe, cara. Te ama mais do que tudo nessa vida. Sabe, ela escolheu parto normal porque alguém disse que era melhor pra você. Você já viu um parto normal? Pois é, quer demonstração de amor maior que essa?
Pede desculpa. Ela vai te perdoar. Eu não seria tão bonzinho.
Beijo, pai.
Meu pai passava longe de um escritor, era bancário, mas as palavras dele mexeram comigo. Havia mais maturidade nelas do que nos meus quatorze anos de vida. O que não era muito difícil por sinal.
Corri para o quarto da minha mãe e abri a porta. Já estava chorando quando ela, chorando também, virou a cabeça pra me olhar nos olhos. Não lembro o que ela gritou pra mim, algo como “O que você quer?”, mas lembro que andei até ela e a abracei, ainda segurando a carta do meu pai. Amassando o papel já velho entre os meus dedos. Ela me abraçou de volta e ficamos em silêncio por não sei quantos minutos.
A carta do meu pai fez ela rir alguns momentos depois. Fizemos as pazes e conversamos um pouco sobre ele. Ela me contou umas manias estranhas que ele tinha, como comer salame com geleia de morango. De algum modo, senti que ele estava ali. Eu, minha mãe e um pedaço do meu pai, um pedacinho que ele deixou naquele papel. Que bom.
Não demorou muito e li PARA QUANDO VOCÊ PERDER A VIRGINDADE.
Parabéns, filho.
Não se preocupa, com o tempo a coisa fica melhor. Toda primeira vez é um lixo. A minha foi com a puta mais feia do mundo, por exemplo.
Meu maior medo é você ler o envelope e perguntar da sua mãe antes da hora o que é virgindade. Ou pior, ler o que eu acabei de escrever sem nem saber o que é punheta (você sabe, não sabe?). Mas isso também não será problema meu, não é mesmo?
Beijo, pai.
Meu pai acompanhou minha vida toda. De longe, sim, mas acompanhou. Em incontáveis momentos suas palavras me deram aquela força que ninguém mais conseguia dar. Ele sempre dava um jeito de me arrancar um sorriso em um momento de tristeza ou de clarear meus pensamentos num momento de raiva.
PARA QUANDO VOCÊ CASAR me emocionou, mas não tanto quanto PARA QUANDO EU FOR AVÔ.
Filho, agora você vai descobrir o que é amor de verdade. Vai descobrir que você gosta bastante da sua mulher, mas que amor mesmo é o que você vai sentir por essa coisinha aí que eu não sei se é ele ou ela. Sou um cadáver, não um vidente.
Aproveita. É a melhor coisa do mundo. O tempo vai passar rápido, então esteja presente todos os dias. Não perca nenhum momento, eles não voltam mais. Troque as fraldas, dê banho, sirva de exemplo. Acho que você tem condições de ser um pai tão incrível quanto eu.
A carta mais dolorida da minha vida foi também a mais curta do meu pai. Acredito que ele sofreu para escrever aquelas quatro palavras o mesmo que eu sofri por ter vivido aquele momento. Demorou, mas um dia eu tive que ler PARA QUANDO SUA MÃE SE FOR.
Ela é minha agora.
Uma piada. Um palhaço triste que esconde o choro por trás do sorriso de maquiagem. Foi a única carta que não me arrancou um sorriso, mas entendi a razão.
Eu sempre respeitei o combinado com meu pai. Nunca li nenhuma carta antes do momento certo. Tirando PARA QUANDO VOCÊ SE DESCOBRIR GAY, claro. Nunca acreditei que o momento de ler essa carta chegaria, então abri muitos anos atrás. Ela foi uma das mais engraçadas, por sinal.
Sério, filho?
O que eu posso dizer? Ainda bem que morri.
Sempre esperei muito pelo próximo momento. Pela próxima carta. Pela próxima lição que meu pai tinha pra me dar. Incrível como um homem que viveu 27 anos teve tanto pra ensinar pra um senhor de 85 como eu.
Agora, deitado na cama do hospital, com tubos no nariz e na traqueia (maldito câncer), eu passo os dedos por cima do papel desbotado da última carta. PARA QUANDO SUA HORA CHEGAR o garrancho quase invisível diz.
Não quero abrir. Tenho medo. Não quero acreditar que a minha hora chegou. Esperança, lembra? Ninguém acredita que vai morrer hoje.
Respiro fundo e abro.
Oi, filho, espero que você seja um velho agora.
Sabe, essa foi a carta mais fácil de escrever. A primeira que eu escrevi. A carta que me livrou da dor de te perder. Acho que estar perto do fim clareia a cabeça pra falar sobre o assunto.
Nos meus últimos dias eu pensei na vida que eu levei. Na minha curta vida, sim, mas que me fez muito feliz. Eu fui seu pai e marido da sua mãe. O que mais eu poderia querer? Isso me deu paz. Faça o mesmo.
Um conselho: não precisa ter medo.
PS: Tô com saudade.
https://medium.com/@rafaelzoehler/para-quando-eu-me-for-11f00bb9dd13

O Bacalhau


Despedida?

Hoje, cortou-se o laço entre mim e meus anjos! Eles foram embora ontem, porém hoje voltaram para devolver o carro, para não passar em branco convidei a filha deles, minha afilhada, para almoçar em casa, assim curti mais um pouco a presença deles.
Fiz um bacalhau que depois posto as fotos, ficou bom, mas gostaria de um pouco mais de sal.

Não sei como vai ser ficar sem eles aqui em casa, vou demorar um pouco para me acostumar, prova disso que ontem já ataquei chocolates e tive insônia. Hoje estou um pouco melhor, já planejei meu dia de amanhã, roupas, marmita, arrumei meu quarto e agora estou aqui perdida sem conseguir sair do face, minha companhia.

Amanhã volto para contar como me sai daqui pra frente.

sábado, 18 de julho de 2015

O Retorno

Finalmente em 16/07/2015, voltei ao trabalho, não aguentava mais ficar em casa. O retorno foi tranquilo, mas fiquei acabada e atribuo esse cansaço ao fato de sair de casa e enfrentar o "mundo', depois de 3 meses em casa protegida não imaginava a energia que precisaria para voltar ao mundo normal. Mas o balanço final foi positivo.

Hoje fui fazer umas compras, roupas, tênis e presente para as fisioterapeutas e novamente o "mundo" consumiu minhas energias e voltei grogue para casa. Também foi meu primeiro dia dirigindo e foi muito bem, sem problemas.

Deve demorar um pouco para tudo entrar nos eixos, mas vamos que vamos que a vida continua.

Deixei de mencionar dois fatos tristes que acontecerão durante minha recuperação que foi o falecimento do pai do Junior e do meu primo Miltinho.

Hoje meus primos foram embora, no primeiro momento está tudo bem, vamos ver como será a semana sozinha sem companhia.

Resumo 2015 - Fotos

Vai aqui para finalizar esse resumo as fotos que curti nesses meses.









































Resumo 2015 - Comidas

Comidas que fiz durante minha recuperação.


Mangarito refogado

Risto de frango com Mangarito

Sopa de Ervilha

Sopa de Pinhão

Caldo Verde
 Fiz também Sopa de Inhame, Costela de boi na panela de pressão e Arroz na panela de pressão, sem fotos.