sábado, 12 de julho de 2008

Doçura

O melhor lugar do mundo é um só: perto daquele que amamos.

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TEHMINA ADORAVA IR AO MERCADO do produtor. Ali se sentia à vontade e humana. A Água suja e parada no chão, os gritos do vendedores competindo pelos fregueses para que estes experimentassem seus produtos, até o cheiro das frutas apodrecidas e do peixe fresco, tudo lhe parecia familiar. Fazer compras nessa feira era como fazer compras em Bombaim - muito barullho, tudo apinhado de gente, um zumbido de atividade. Pegar frutas e legumes, barganhar com os barraqueiros de vez em quando, provar as amostras de frutas picadas que eles ofereciam, tudo a fazia sentir-se humana, como se o mercado estivesse cravado numa parte do mundo que ela ainda podia reconhecer e na qual vivia.

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Sem que ela o procurasse, um poema de Omar Khayyam lhe veio ã lembrança:

  Move-se a mão que escreve e, tendo escrito,

  Segue adiante: nem toda a tua Piedade ou teu Saber

  A atrairão de volta, para que risque sequer metade de uma linha;

  Nem todas as tuas Lágrimas lavarão uma só de suas Palavras.

         A doçura do mundo de Thrity Umrigar

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